Durante os dias de folia do carnaval, quem se diverte ou trabalha acaba consumindo produtos e bebidas clandestinos na rua. Além de intoxicações alimentares, ingerir alimentos de origem animal não fiscalizados pode ser a porta de entrada para doenças transmitidas dos animais aos homens, as chamadas zoonoses, como tuberculose e brucelose, por exemplo, além de outras enfermidades.

Para garantir a segurança alimentar da população, os médicos-veterinários das Vigilâncias Sanitárias (Visa) reforçam, nesta época, a fiscalização do comércio de produtos de origem animal, como carne, queijos, ovos, peixes e mariscos. O objetivo é prevenir a venda e o consumo de alimentos sem adequações sanitárias, que ofereçam riscos à saúde pública e transmitam doenças.

Na hora de comprar esses produtos, o ideal é conferir as condições de higienização, embalagem e refrigeração do produto, além de verificar se nos rótulos há o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), dos municípios (SIM) ou estados (SIE). É importante também prestar atenção se existe um funcionário exclusivo para manusear dinheiro, para não haver a contaminação cruzada.

“Todo produto de origem animal deve ser registrado no órgão de agricultura federal, estadual ou municipal. Quando não há registro, ele certamente vem de um estabelecimento clandestino, onde não há qualquer controle de qualidade, programa de autocontrole e presença de um responsável técnico médico-veterinário. É um risco ao consumidor”, explica a médica-veterinária Aline Pinheiro Borges, integrante da Comissão Nacional de Tecnologia e Higiene Alimentar do Conselho Federal de Medicina Veterinária (Contha/CFMV).

A melhor opção, sugere Aline, “é evitar o consumo desses alimentos quando manipulados por ambulantes, pois normalmente a conservação não é feita sob temperatura adequada e não há água para higienização das mãos antes e após a manipulação. Quando já preparados previamente, não tem como ter a rastreabilidade do produto e não há como saber quem é o fornecedor”.

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