Em relatório divulgado na última segunda-feira (29), a Organização Mundial da Saúde (OMS) concluiu que a principal hipótese para o surgimento da pandemia da Covid-19 é de que o vírus foi transmitido ao homem de um primeiro animal – provavelmente um morcego – por meio de outro animal intermediário, ainda não identificado.

Outras possibilidades consideradas são de uma transmissão direta entre o animal inicial e o homem e a de que o vírus tenha começado a ser transmitido por meio de carne congelada.

Todas as três hipóteses apresentadas pelos especialistas da missão especial da OMS apontam para a importância da atuação do Médico-Veterinário, pois esse profissional atua na responsabilidade técnico-sanitária de alimentos de origem animal, além da inspeção (feita por profissionais nos órgãos oficiais de inspeção) e a vigilância contra as zoonoses.

Os médicos-veterinários estão presentes em toda a cadeia de produção de alimentos de origem animal, desde os locais de produção, passando pelos abatedouros e indústria, até dentro dos supermercados. Eles garantem a vigilância e combate a centenas de doenças que podem ser transmitidas entre os animais e o homem.

A pandemia da Covid-19 é uma prova de que o profissional médico-veterinário é fundamental não apenas para a saúde animal, mas principalmente para a saúde humana.

“Enquanto o médico de humanos trata a doença, nós médicos-veterinários as prevenimos. Nós estamos no dia-a-dia da vida do cidadão. As doenças transmitidas por alimentos não inspecionados intoxicam, provocam até o óbito de pessoas. Nós estamos na indústria de alimentos, nos hospitais, nos centros de controle de zoonoses, estamos na vigilância sanitária, na vigilância epidemiológica, estamos na produção de soros e vacinas”, ressaltou o médico-veterinário Dr. José Arimateia da Silva, secretário-geral do CRMV-RN e presidente da Comissão de Tecnologia e Segurança de Alimentos.

O CRMV-RN reitera que os médicos-veterinários são profissionais de saúde reconhecidos pelo Ministério da Saúde, atuando nas várias frentes de combate às zoonoses e contribuindo significativamente para que outras doenças oriundas dos animais não aumentem ainda mais as dificuldades do sistema de saúde já saturado.

Por esta razão, também, este Regional defende a vacinação prioritária destes profissionais. Retirar o médico-veterinário da lista de prioridades da vacinação só demonstra o falta de conhecimento sobre o importante papel que esta classe tem para a saúde única (animal, humana e o meio ambiente).

Assessoria de Comunicação do CRMV-RN

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