Confira dicas para não errar na hora da ceia natalina
Mesmo com um ano atípico, por causa da pandemia da Covid-19, muitas pessoas vão manter a tradição da ceia natalina. Além dos cuidados amplamente divulgados para prevenção ao novo coronavírus, como lavar embalagens e produtos, evitar aglomerações, e até mudanças de hábitos como o uso de luvas na hora de se servir, o CRMV-RN também reforça que é importante estar atento a outras informações desde a compra até a preparação e consumo dos alimentos. Por isso, separamos dicas, especialmente na compra dos produtos de origem animal, para evitar problemas associados a alimentos mal conservados ou produzidos fora das normas técnicas, com risco à saúde. Produtos de origem animal seguros contam com responsabilidade técnica de profissionais médicos-veterinários e inspeção oficial. Secretário geral do CRMV-RN e presidente da Comissão de Tecnologia e Segurança Alimentar, o Dr. José Arimateia da Silva ressalta que os consumidores devem estar atentos se as carnes, ovos, mel e lácteos, entre outros de origem animal, estão com selo de inspeção municipal, estadual ou federal, o que garante que os alimentos foram produzidos dentro das normas exigidas. “No Rio Grande do Norte, os produtos de origem animal devem ter selo federal SIF ou Selo estadual do IDIARN SEIPOA”, ressalta.
Ainda de acordo com ele, os alimentos resfriados devem ser conservados a temperatura entre 0 e 7 graus. A geladeira doméstica não oferece temperatura inferior a 5 graus, a não ser no congelador. “O famoso peru e o frango do Natal ou do réveillon devem ser muito bem assados. Tendo-se o cuidado especial com as partes mais internas onde o calor não chega com a mesma intensidade que na parte externa. Portanto deve haver uma boa combinação de tempo e temperatura, pois as aves são portadoras naturais da bactéria chamada salmonela que pode causar sérios danos à vida e saúde do consumidor”, aponta. “Outro cuidado importante é com o famoso R.O. (resto de ontem), a sobra da ceia. Este deve ser levado novamente ao forno a 180 graus por no mínimo 1 hora, de modo que toda a carcaça que ficou possa ser alcançada igualmente pelo calor. Isto também se aplica ao pernil ou ao lombo temperado”, ressalta o profissional. O médico-veterinário ainda reforça cuidados quanto aos serviços de delivery, muito utilizados em tempos de pandemia. De acordo com Dr. José Arimateia, é preciso observar se a comida ou a ceia pronta atendem os requisitos de segurança dos alimentos. “Antes de servir à família, deve ser minuciosamente inspecionado”, conclui.
1 – Ao comprar:
• Observe se os produtos congelados estão totalmente rígidos, sem nenhuma parte amolecida ou apresentando sinais de descongelamento.
• Procure a data de validade na embalagem e confira se ela está correta e dentro do prazo.
• Não compre latas estufadas, amassadas e enferrujadas; embalagens rasgadas, danificadas ou furadas.
• A presença de pequenos fragmentos de gelo dentro das embalagens junto ao produto demonstra que houve um possível descongelamento do mesmo. Não coloque este item no carrinho.
• Alimentos congelados ou resfriados devem estar acondicionados em equipamento adequado, limpo, organizado e na temperatura de conservação indicada pelo fabricante.
• Só adquira alimentos com procedência comprovada. Evite comprar marcas totalmente desconhecidas. Na dúvida, consulte a Vigilância Sanitária do seu município
• Quando se tratar de produtos de origem animal (carnes, ovos, queijos, mel etc. Procure pelo carimbo de inspeção sanitária do órgão competente.
• Deixe para pegar por últimos aqueles produtos que necessitem de conservação a frio (congelado ou resfriado), evitando o menor tempo possível sua exposição à temperatura ambiente.
• Em caso de observar alguma irregularidade no estabelecimento onde realizar suas compras, comunique imediatamente a Vigilância Sanitária do seu município.
2 – Ao transportar:
• Assim que realizar as compras de produtos perecíveis, dirija-se imediatamente para casa e guarde os alimentos no freezer ou geladeira até a hora do preparo ou consumo. Principalmente nos meses de verão, com temperaturas altas, a exposição à temperatura ambiente pode favorecer a multiplicação de bactérias patogênicas ou deteriorantes nos alimentos.
• Durante o transporte, evite deixar os alimentos ao sol ou em locais quentes.
• Sempre que possível, transporte os alimentos perecíveis em sacolas térmicas.
3 – Durante o preparo:
• Lave bem as mãos e os utensílios antes de começar a manipular os alimentos e evite cozinhar se estiver doente.
• Utensílios devem ser lavados sempre que houver a troca de produtos a serem preparados. Isso evita a chamada “contaminação cruzada”, que ocorre por meio de transferência de microrganismos de um alimento ou superfície pelas mãos, utensílios ou equipamentos usados no preparo.
• O local utilizado para o preparo deve ser bem higienizado.
• Evite manipular os alimentos com unhas compridas, lesões nas mãos, anéis, adornos e esmaltes
• Alimentos cozidos que não forem ser consumidos de imediato devem ser colocados em refrigeração.
• Alimentos congelados não devem ser retirados da refrigeração antes do momento do cozimento e consumo. Retire do freezer com tempo suficiente para que o descongelamento seja feito dentro do refrigerador.
• Não recongele alimentos descongelados, mesmo depois de cozidos.
4. Na hora de consumir:
• Evite colocar os alimentos na mesa muito tempo antes da hora de consumi-los. Eles devem ser mantidos em temperaturas seguras: os regriferados na geladeira, abaixo de 5 graus, e os aquecidos acima de 60 graus.
• Cozinhe bem os alimentos de modo que a temperatura em todas as partes atinja no mínimo 60°C.
• Evite comer alimentos mal cozidos.
• Após o final da refeição, coloque o mais rápido possível os alimentos não consumidos em recipientes com tampa e os conserve em temperatura inferior a 5°,C evitando que fiquem em temperatura ambiente
• Nunca misture no mesmo pote alimentos crus com cozidos