Nota Técnica orienta sobre notificação compulsória de esporotricose no RN
Evento online sobre o assunto deverá ser realizado em dezembro, para orientar profissionais.
Atenção, profissional! A Nota Técnica nº 09/2020, publicada pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Norte, orienta sobre a notificação compulsória da esporotricose em humanos e animais – uma doença “emergente” no estado.
Em relação aos animais, o documento orienta que clínicas veterinárias, profissionais médicos-veterinários, abrigos de animais, organizações não governamentais (ONG), tutores ou qualquer cidadão que identifique animais suspeitos de esporotricose devem comunicar a ocorrência à autoridade sanitária estadual através do preenchimento do formulário FormSUS (http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=59554).
De acordo com a Sesap, um evento online será realizado em dezembro, para apresentar mais informações sobre a situação da doença no estado. O Webinar “Esporotricose, uma doença emergente no RN” está previsto para os dias 2 e 3 de dezembro, a partir das 19 horas, na plataforma online Go To Meeting. Duas especialistas, Eveline Pinpolo (médica infectologista) e Romeika Herminia (médica-veterinária) irão apresentar a situação da doença em humanos e em animais. O formulário de inscrição estará disponível em breve.
Dados
De 2016 a setembro de 2020, foram registrados 172 casos da doença em humanos. Em relação à ocorrência em animais, no mesmo período o SINAN notificou 198 casos em animais de quatro municípios do RN. Entre 2016 e 2019 o Instituto de Medicina Tropical da UFRN identificou 224 animais contaminados na 1ª e 7ª Regiões de Saúde.
Esporotricose
Esporotricose é uma micose causada por fungos do complexo Sporothrix schenckii que infecta a pele através de lesões, como arranhadura e mordedura por animais, em especial gato, ou contato da pele lesionada com a matéria orgânica presente na natureza (troncos de árvores, espinhos e solo).
A transmissão da doença dos gatos para o homem tem sido cada vez mais frequente, mas não é comum a transmissão entre pessoas. O gato, por seu hábito de enterrar as fezes, afiar as garras e disputar território, é o animal mais acometido pela doença. Os animais doentes podem ser tratados, mas é necessário o acompanhamento por um profissional médico-veterinário.
A principal forma de prevenção é o cuidado ao manipular animais doentes ou matéria orgânica. Os sintomas que levam à suspeita de esporotricose são lesões na pele que começam com um pequeno caroço vermelho e que podem virar feridas abertas. Normalmente o paciente apresenta uma história epidemiológica de contato com gato doente ou manipulação de matéria orgânica previamente ao aparecimento das lesões.
*Com informações da Secretaria Estadual de Saúde