Supõe-se que aves de criação, como galinhas e frangos, tenham chegado no Brasil na segunda expedição oficial ao estado do Rio de Janeiro, liderada por Gonçalo Coelho e Américo Vespúcio. No entanto, a atividade comercial de criação e produção de aves e derivados começou em Minas Gerais, por volta de 1860, que passou a fornecer para outras regiões do país.

A avicultura é caracterizada como a produção de frangos, galinhas, perus patos, e seus derivados, seja para consumo próprio ou comercialização.

Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Brasil hoje é o segundo maior produtor de galináceos e maior exportador do mundo. É inegável a posição de importância da avicultura para a economia do país.

Neste ano, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) estima que a produção brasileira de frango alcançará a marca de 13 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 1% frente ao ano anterior. De janeiro a julho, foram exportados 2,43 milhões de toneladas, sendo a China o maior importador (13% do total embarcado). O Paraná liderou as exportações em volume (946 mil toneladas) e em receita (U$ 1,558 bilhão) no período.

O médico-veterinário Antonio Guilherme de Castro, conselheiro suplente do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) e diretor técnico de divisão do Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio Avícola do Instituto Biológico de São Paulo (Captaa) e ressalta a importância da avicultura.

“A avicultura brasileira hoje é considerada um patrimônio nacional. Gera muitos empregos, é próspera. Temos a melhor avicultura do mundo, tanto do ponto de vista sanitário quanto zootécnico, graças aos profissionais”, diz.

Ele destaca os aspectos de sanidade. “O Brasil exporta para mais de 150 países, cada um com sua exigência, e nós atendemos a todas. Somos livres de doenças como a de Newcastle e influenza aviária, portanto, é um orgulho para o Brasiltermos um programa de sanidade avícola muito eficiente, que contribuiu muito para melhorar o status sanitário da nossa avicultura”.

Atualmente, no entanto, além de números, valorizam-se a qualidade de vida e bem-estar do animal de abate, bem como práticas sustentáveis. Carne de aves e ovos oriundos de sistemas sustentáveis (agroecológico, orgânico, caipira, certificação de bem-estar animal, certificação de produtos sem antibióticos e promotores de crescimento e outros sistemas alternativos) vêm se tornando demanda de mercado.

O Instituto Certified Humane Brasil é uma instituição sem fins lucrativos que certifica produtos, atestando o bem-estar do animal voltado para o abate, por exemplo. Criação livre de confinamento de movimento, de uso de promotores de crescimento, moradia adequada e abate humanizado são algumas das práticas que buscam produzir uma avicultura mais consciente.

Outro conceito recente é o de avicultura sustentável, que consiste em um modelo econômico, político, social, cultural e ambiental equilibrado, que não comprometa as gerações futuras e, entre outras características, busca a utilização consciente da água e solo.

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