Porque artesanal não precisa ser feito no quintal. A Lei nº 13.680, de 14 de junho de 2018, trouxe mudanças na comercialização e fiscalização de produtos alimentícios de origem animal produzidos de forma artesanal. Agora a inspeção e fiscalização passam a ser realizados pelos órgãos de saúde de cada estado.

Uns comemoram a nova lei, como sendo uma vitória para os produtores artesanais. Porém é preciso cuidado, ao desburocratizar sua comercialização, pois os queijos artesanais são feitos com leite cru, não passando por nenhum tipo de tratamento térmico. O leite cru é um excelente meio de cultura e veículo de uma grande lista de micro-organismos patogênicos, dessa forma podemos colocar em risco a segurança da população. É necessário ter comprometimento com a produção segura do alimento e realizar o controle sanitário do rebanho. 

É sabido que esses produtos representam uma parcela significativa de geração de renda de muitas famílias, ainda existe os aspectos históricos e culturais relacionados a produção do artesanal. É preciso entender que artesanal não é feito no fundo de quintal. Muitos produtores de queijos artesanais possuem instalações precárias, falta de higienização, água sem cloração e controle sanitário do rebanho insatisfatórios.

Precisamos sim valorizar os produtores que trabalham com segurança, higiene e qualidade, e não podemos deixar que nenhuma doença transmitida por esses alimentos possa estragar o trabalho duro dos produtores sérios que investem na cadeia do Queijo Minas Artesanal.

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