Força-tarefa atende mais de 300 animais atingidos por rompimento de barragem na Bahia
Mais de 300 animais, entre cães, gatos, aves e roedores, atingidos pelo rompimento da barragem de Quati, no município de Pedro Alexandre, no nordeste do Estado, já foram atendidos pela equipe de resgate do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV-BA).
Com base na cidade de Coronel João Sá, a equipe é comandada pela médica-veterinária Ilka Gonçalves, presidente a Comissão de Bem-estar Animal do Conselho, e conta com o reforço da médica-veterinária Carla Sassi do CRMV-MG, que atuou na coordenação geral de desastres nas tragédias de Brumadinho e Mariana, em Minas Gerais.
“A situação na região é muito complicada e não tivemos como montar um abrigo especifico para os acolhimentos. Todos os animais atendidos passaram por avaliações clínicas e foram tratados com vermífugos e antiparasitários, cadastrados para posterior castração e vacinação anti-rábica. A situação mais crítica é a de 80 suínos que foram encontrados em uma pocilga, com pragas que há muito tempo não temos notícias e que são extremamente perigosas à saúde do animal e também da população”, explica Ilka.
A equipe será mantida na cidade por pelo menos mais três semanas prestando assistência à população e aos animais atingidos. Para Altair Santana, presidente do CRMV-BA, a atuação do médico-veterinário nessa situação é extremamente importante, não apenas para o bem-estar e a saúde do animal, mas também o desenvolvimento sustentável e à saúde humana. “O médico-veterinário tem o compromisso de agir preventivamente em relação à saúde do homem e ao desenvolvimento sustentável, o que é chamado de saúde única, e desde 2011 é reconhecido como profissional de saúde pública e competente para compor o Núcleo de Apoio à Saúde da Família”, pontua.
Campanha
Para auxiliar o trabalho da equipe, é realizada uma campanha de arrecadação de alimentos e remédios. As doações podem ser feitas em Salvador, na Clínica Kennel e Mr. Pet, na Pituba e SuperVet em Stella Mares. As demandas mais urgentes, segundo os voluntários, são de vermífugos, antipulgas e ração.