O zootecnista e tesoureiro do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Norte, Dr. Josimar Torres, participou esta semana da instalação de um sistema de reuso de água no sertão sergipano. O sistema, que permite o reaproveitamento da água, foi criado por ele em 2015 e implantado no município de Lajes, no Rio Grande do Norte.

Mas antes disso, o zootecnista explica que a técnica começou a ser estudada no município de Parelhas, Seridó do Estado. ?A gente começou a discutir a técnica e ver a necessidade de melhorar a qualidade da água, em termos de palatabilidade e coloração, em Parelhas. Começamos a ver que a qualidade da água era muito ruim, e a partir de então, passamos a ouvir os alunos de zootecnia da UFRN e discutir as alternativas que podiam ser implantadas. Uma delas foi justamente a de implantar filtros, na saída dos bebedouros, para que eles pudessem melhorar a coloração na saída da água?, detalha.

Segundo ele, em Lajes, o problema não só era a coloração da água, mas principalmente a falta dela, o que, em muitos casos, inviabilizava o trabalho do produtor local. ?Era um custo muito elevado. Então, desenvolvemos esse método de reuso da água para baratear o processo e garantir o alimento para os animais?, diz.

A construção do filtro que permite o reuso da água é com caixas de PVC e utiliza minhocas, que fazem o papel importante de degradar a matéria orgânica que desce na água, como por exemplo, resto de comida, gordura e sabão.

Segundo o idealizador do método, é possível recuperar até 86% da água utilizada em uma residência. Com essa água, a quantidade de matéria que se produz em meio hectare de palmas, dá para alimentar até 80 ovinos ou caprinos, durante nove meses. ?São nos períodos mais secos que nós vemos a grandeza desse projeto, ainda mais se levarmos em conta que enfrentamos seis anos de seca prolongada. Em Lajes , já temos quatro filtros, e em todo o Estado mais oitenta implantados por técnicos do projeto Sertão Empreendedor?, disse o zootecnista.

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