Novo caso suspeito de febre amarela em primata é investigado no RN

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) recebeu, esta semana, comunicado do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz/RJ) de um resultado sugestivo de febre amarela de mais um sagui de tufo branco (Callithrix jacchus), com óbito no município de Natal, no dia 08 de dezembro de 2022. Este já é o segundo caso suspeito em primatas, já que em 18 de janeiro de 2023 um outro animal, proveniente do município de Espírito Santo/RN, apresentou resultado semelhante para febre amarela.

Diante do fato, o Conselho Regional de Medicina Veterinário do Rio Grande do Norte, esclarece que os macacos não transmitem febre amarela, eles são apenas sentinelas para alerta em região onde o vírus está circulando.

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus, que pode levar o indivíduo infectado à morte em cerca de uma semana se não for tratado rapidamente. Pode circular em dois ciclos básicos: o urbano e o silvestre. No ciclo urbano, não registrado no Brasil desde 1942, a transmissão se dá dentro de cidades pela picada do mosquito Aedes aegypti que, neste caso, é o vetor biológico, responsável pela disseminação da doença. No ciclo silvestre, a doença circula entre macacos e outros animais, transmitida por outras espécies de mosquitos.

O médico-veterinário, devido a ampla área de atuação, está capacitado para planejar e executar medidas de prevenção e controle de enfermidades, como por exemplo, as arboviroses, que incluem o vírus da febre amarela, dengue, zika e chikungunya.

Segundo o Médico Veterinário Paulo Antônio da Rocha Ferreira, inscrito no CRMV-RN nº O511, as mudanças ambientais, como consequência da ação humana, modificam o equilíbrio das relações entre o agente (vírus) hospedeiros (seres humanos) e o ambiente (vetor). “Desta forma, o médico-veterinário deve compor equipes de trabalho multiprofissionais com foco em orientar e esclarecer a relação da doença com o ambiente, assim como as ações de prevenção e controle”, esclarece.

Qualquer informação sobre ocorrência de macaco doente ou morto, a recomendação é que os órgãos de saúde sejam acionados imediatamente. O registro pode ser realizado pela população e profissionais de saúde, utilizando o celular no aplicativo SISS-Geo, disponível nas plataformas android e IOS.

É necessário reforçar que pessoas leigas não devem manipular os animais, devido ao risco de contaminação por outras doenças. Agressões a macacos devem ser denunciadas às autoridades do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

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