A necessidade de exigência dos exames de brucelose e tuberculose para a emissão de Guia de Trânsito Animal de bovinos de reprodução no Rio Grande do Norte foi o tema central de uma reunião realizada nesta quinta-feira (2) pelo presidente do CRMV-RN, Dr. Raimundo Alves Barrêto, com o diretor-geral do Idiarn, Mário Manso.
O encontro aconteceu na sede da autarquia, em Natal. Na ocasião, o presidente falou sobre uma recente discussão do conselho com representantes de bancos, do Mapa e do próprio Idiarn, quanto à importância da exigência desses exames para evitar a propagação das zoonoses e perdas econômicas na pecuária potiguar.
Dr. Barrêto ressaltou que em setembro de 2020 foram realizados 1.131 exames, enquanto no mesmo período de 2021, apenas 131, o que corresponde a uma redução de 88%. Além disso, 18 casos de brucelose foram notificados em humanos, no Rio Grande do Norte, nos últimos três anos.
De acordo com Dr. Barrêto, mesmo nos países desenvolvidos, a estimativa é que para cada notificação da doença existam até cinco pacientes não identificados, o que poderia significar 90 casos da doença em humanos no estado.
Na ocasião, Mário Manso concordou sobre a importância de o estado normatizar a exigência por meio de uma portaria e o presidente colocou o CRMV-RN à disposição para ajudar no trabalho.
Os exames são exigidos em vários estados da federação, fazendo parte das documentações necessárias para a emissão da GTA, inclusive nos financiamentos bancários para aquisição de animais.
“Foi uma reunião produtiva e temos certeza que o nosso colega Mário Manso foi sensibilizado por esse tema, que tem uma importância para a saúde humana e animal, além da econômica. Essas doenças podem trazer grandes perdas para o agronegócio”, afirmou o Dr. Barrêto.
Durante o encontro, os profissionais também discutiram os convênios que os órgãos pretendem oficializar para troca de informações de seus respectivos setores de fiscalização.