No combate aos cursos de Medicina Veterinária nas modalidades à distância e semipresencial, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Norte (CRMV-RN) solicitou apoio dos deputados federais e senadores potiguares no diálogo junto ao Ministério da Educação. 
Em ofício enviado aos gabinetes da bancada federal do estado, o presidente do Regional, Dr. Wirton Peixoto Costa, lembrou aos parlamentares que curso é da área de saúde, o que exige formação prática e vivências em laboratórios, clínicas e hospitais – atividades que são limitadas nas modalidades à distância e semipresencial. 
Ainda no ofício, o Conselho salientou que as novas diretrizes curriculares da Medicina Veterinária priorizam a realização de aulas práticas desde o 1° semestre de curso. 
Em contrapartida, de acordo com o presidente, há uma “tendência” de criação dos cursos nessas modalidades. Segundo informações no site do Ministério da Educação (MEC), atualmente existem 13 cursos de Medicina Veterinária à distância autorizados no país. Desse total, três estão em atividade. 
“A autorização de novos cursos de graduação é atribuição do MEC e as entidades representativas da categoria, como é o caso deste CRMV/RN, não possuem competência para evitar a proliferação dos cursos à distância em Medicina Veterinária. Nesse sentido, solicitamos o apoio de Vossa Excelência a fim de que, por meio do diálogo institucional, seja possível reverter a diretriz segundo a qual é possível a criação de cursos de medicina veterinária nas modalidades a distância e semipresencial”, solicitou o presidente, a cada parlamentar.
O CRMV-RN ainda se colocou à disposição dos deputados federais e senadores para apresentar outras informações necessárias e esclarecer dúvidas acerca do tema. 
Conselho barra inscrição
Embora não possa impedir a criação de cursos, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), aprovou, por unanimidade, em fevereiro, a Resolução nº 1256, que proíbe a inscrição de egressos de cursos de Medicina Veterinária realizados na modalidade de ensino a distância. Na ocasião, a Plenária do Conselho entendeu que a modalidade impede a realização de aulas práticas essenciais para preparar o bom profissional.
Sem a inscrição no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), quem tiver concluído o curso à distância fica impedido de exercer a profissão de médico-veterinário em todo o país. E os profissionais que ministrarem disciplinas ou estiverem envolvidos na gestão dos cursos a distância estão sujeitos à responsabilização ético-disciplinar.

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