O Brasil recebeu nesta quinta-feira (24) o certificado de país livre da febre aftosa com vacinação. A entrega do registro sanitário foi feita pela diretora-geral da Organização Mundial  de Saúde Animal (OIE), Monique Eloit, ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento , Blairo Maggi, durante reunião da Sessão Plenária da Instituição.

“É um reconhecimento muito importante porque alguns Estados ainda estavam com esse certificado pendente. Amapá, Roraima, parte do Amazonas e um pedaço do Pará, já tinham esse reconhecimento nacional de área livre da febre com vacinação, mas faltava o reconhecimento internacional que veio hoje”, disse o médico veterinário, Karlos Yuri Fernandes Pedrosa, que é fiscal estadual agropecuário da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão. Karlos Yuri é formado pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido.

De acordo com o médico veterinário João Baptista  Gondim de Araújo, inscrito no CRMV-RN e subcoordenador de pesquisa de base da EMPARN, o próximo passo agora é garantir o certificado de  país livre da febre aftosa sem vacinação. Atualmente o único estado brasileiro nesse patamar é Santa Catarina. 

A ideia é gradativamente retirar a vacinação do rebanho do país até 2023, para que em 2026 o Brasil receba a certificação de país livre da febre aftosa sem vacinação. “A conquista desta quinta-feira é resultado de um trabalho de erradicação desenvolvido nos últimos 50 anos.  O Brasil começou o processo de combate à doença ainda na década de 1960, através de campanhas de vacinação”, disse o presidente do CRMV-RN, Wirton Costa. 

Na década de 1990, o país implantou o Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA). O último caso da doença no Brasil foi em 2006, no Paraná e no Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai. 

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