Até o próximo dia 16 de setembro, o Rio Grande do Norte vive uma campanha de vacinação contra a Brucelose, feita pelo Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado (Idiarn). Para poder atuar neste tipo de campanha, que ocorre periodicamente, os profissionais médicos-veterinários precisam se cadastrar junto ao órgão de inspeção.
Somente o médico-veterinário cadastrado pode emitir receita para compra de vacina e atestado de vacinação. Todas as normas estão contidas na Portaria nº 023/2012-GAB/IDIARN, que aponta quais são os documentos exigidos do profissional para o devido cadastramento, bem como regulamenta como deve ser a atuação dele.
De acordo com a portaria, o Idiarn recebe a documentação necessária do profissional autônomo que deseja participar das ações através do medico-veterinário ou funcionário responsável pela unidade local de sanidade animal e vegetal (ULSAV) da devida região.
Veja aqui a portaria e os respectivos anexos com ficha cadastral, entre outros.
São exigências para o cadastramento dos médicos veterinários:
- Estar inscrito no CRMV-RN
- Comprovante de residência
- Estar em dia com as obrigações junto ao CRMV-RN (Declaração de
- regularidade)
- Preenchimento da ficha cadastral
- Apresentar o ferro com a letra “V”,conforme o modelo constante no regulamento técnico do PNCEBT e o jogo de ferro com algarismos de 0 a 9.
Ainda de acordo com a portaria, o número de identificação do médico veterinário cadastrado será fornecido pelo escritório central do IDIARN em Natal, seguindo uma seqüência única, independente do ano do cadastramento.
Somente poderão realizar vacinação contra brucelose, os médicos veterinários que estiverem cadastrados junto às ULSAV´S do IDIARN. Os profissionais deverão comprovar até 30 de abril de cada ano, a condição do exercício profissional no Estado, caso contrário, o cadastro é cancelado.
As obrigações do profissional são:
- Conhecer e observar a legislação vigente sobre o PNCEBT;
- Manter atualizado seu cadastro junto ao IDIARN;
- Participar de reuniões técnicas e outras atividades sempre que forem convocados, sem ônus para os cofres públicos;
- Emitir receituário para a compra da vacina contra brucelose, conforme o modelo definido pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa)
- Marcar as fêmeas vacinadas oriundas de rebanho geral, utilizando ferro cadente, com um “V”, acompanhado do algarismo final do ano de vacinação.
- Emitir atestado de vacinação, em modelo próprio, em três vias destinando-se a primeira ao proprietário, a segunda à ULSAV e a terceira via ao emitente. O atestado de vacinação de fêmeas marcadas a ferro candente, do lado esquerdo da cara, deverá seguir o modelo da portaria. O atestado de vacinação de fêmeas que, de acordo com o regulamento técnico do PNCEBT, estão isentas desse tipo de marcação, seguirá outro modelo, também anexo à portaria.
- Confeccionar carimbo próprio onde deve constar o número do cadastro realizado no IDIARN.
O profissional pode formar equipes com no máximo cinco de auxiliares para vacinação contra brucelose, de acordo sua necessidade. Esses auxiliares deverão ser treinados e orientados pelo médico veterinário cadastrado sobre os procedimentos para utilização, conservação e aplicação da vacina contra brucelose, bem como, a marcação e classificação etária das fêmeas vacinadas, e também sobre o destino dos frascos das vacinas utilizadas.
Esses auxiliares também deverão ser cadastrados junto as unidades locais do IDIARN, onde atuam.
Sobre a campanha atual
De acordo com o médico-veterinário Alcimário Gameleira, do IDIARN, nos animais vacinados entre três e oito meses, aplica-se a vacina B19 indutora de anticorpos. Já para animais vacinados fora da faixa, usa-se a vacina RB51. “Na nossa campanha agora estamos implantando a B19”, ressalta.
As bezerras não vacinadas com a B19 entre três e oito meses, deverão ser vacinadas com a RB51 (9 – 12 meses).
Na marcação, usa-se o ultimo algarismo do ano para a B19 e letra V para RB51. “Isso já foi repassado para todos os cadastrados que compareceram às três reuniões realizadas”, apontou.