A importância da doação de sangue é um tema já difundido em toda a sociedade. Mas o que poucas pessoas param para pensar é que esse ato salva a vida não apenas de humanos, mas também dos animais.

É por isso que o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Norte (CRMV-RN) alerta a sociedade potiguar sobre o assunto.

A médica-veterinária e conselheira efetiva do Regional, Dra. Dayana Belém, aponta que a transfusão de sangue é um procedimento muito comum também na Medicina Veterinária.

No caso da saúde animal, a transfusão é usada principalmente em casos de emergência como traumas com muita perda de sangue, além de tratamento de câncer e outras doenças que atinjam o funcionamento da medula, por exemplo.

“A transfusão acontece através da coleta da doação de sangue de um doador apto e em seguida transfundimos o material coletado no paciente que necessita. É um procedimento simples, mas requer habilidade na coleta e monitoramento do paciente receptor, para detectar precocemente possíveis reações”, explica a profissional.

Por essa razão, ela ressalta que o cão ou gato que precisa da transfusão deve ser atendido em um estabelecimento com estrutura adequada para internações, como é o caso de clínicas e hospitais veterinários.

O Rio Grande do Norte ainda não conta com um banco de sangue veterinário, como em outros estados do Brasil. Dessa forma, normalmente cabe ao tutor procurar um animal doador.

Por outro lado, a médica-veterinária ressalta que muitas vezes os veterinários também conseguem ajudar, procurando um paciente apto a ser doador. Campanhas nas redes sociais também estão cada vez mais comuns.

Quem pode doar

Cães e gatos de qualquer raça podem doar para animais de suas respectivas espécies, desde que atendam pré-requisitos básicos, como: estar clinicamente saudável, com peso acima de 25kg (cães) e 4kg (gatos), vacinas e vermifugação em dia e ter temperamento dócil.

Já os animais que passaram recentemente por cirurgia ou que receberam transfusão sanguínea não podem ser doadores.

Recomendações

Ainda de acordo com a Dra. Dayana, normalmente os tutores dos animais doadores são orientados a alimentá-los após a doação. No caso dos gatos, a reposição de líquidos também é muito importante.

“Já o receptor precisa ficar sendo acompanhado de perto durante o procedimento, para detectar precocemente qualquer reação transfusional. Elas podem acontecer de forma aguda em até 48h após o procedimento ou do tipo tardia até 72h após a transfusão”, explica.

O tutor também deve ficar atento a outras alterações, como fezes escuras ou presença de sangue nas fezes; urina avermelhada; presença de sangue no vômito; ou prurido, por exemplo.

“Diante destes sinais deve-se procurar assistência veterinária o quanto antes”, alerta.

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